Coisas Giras, Engraçadas e Parvas... tal como é este título!!
A política em Portugal vai bem. Senão vejamos: a directora regional da DREN no Norte do país suspende um professor porque este diz uma piada sobre a pseudo-licenciatura de Sócrates (eu chamo-lhe pseudo, porque ninguém duvida que ele não tem licenciatura nenhuma e mesmo que a tenha, tenho a certeza que foi tirada por correspondência; tipo aqueles que tiram a carta de condução através dos cromos do Chipicao.
Só não sei como o Gato Fedorento ainda tem o programa no ar depois de tantas piadas e de tanto gozarem com o primeiro-ministro. E ainda por cima o programa deles passa na estação pública de televisão. É estranho... muito estranho... praticamente inconcebível até!!
Já imagino os meus netos a dizerem daqui a uns anos: «Avô, conta lá aquela história do primeiro-ministro que era gozado até pelos ministros dele e que fez com que a ditadura do Salazar parecesse uma brincadeira de meninos.»
Chiuuuu... que eles andam aí e não convém dizer este tipo de coisas muito alto. Agora o que posso dizer é que essa tal directora regional, que por acaso até quer um "tacho" (melhor que aquele que teve na distrital do Porto pelo PS) podia-me suspender a mim de funções como repositor de stocks. É que cansado ando eu e como não tenho direito a mais férias, pelo menos até daqui a uns meses, dava-me um certo e bastante jeito a possibilidade de estar em casa sem fazer nada (descanso), ou seja tudo aquilo que os políticos fazem... ou não fazem... dependendo do ponto de vista.
Mais acontecimentos engraçados durante esta semana na política portuguesa... o ministro das obras públicas, Mário Lino, o tal que até goza com o seu chefe de governo, defende que a margem sul do Tejo não tem condições para "albergar" o novo aeroporto de Lisboa, porque diz ele que a margem sul não tem gente, nem escolas, não tem hospitais, nem hóteis... em suma, não tem nada. Nas palavras deste ministro a margem sul é um deserto. E pergunto eu: «Mas na Portela não há lá muita gente? Para que querem fazer eles então o novo aeroporto na Ota? A margem sul tem para aí 800.000 habitantes... a Ota tem quantos? Para aí 80? Mais deserto não há!»
Se bem que numa coisa estou de acordo com o ministro. Na margem sul realmente não há hospitais, nem escolas... aliás, disso em Portugal há cada vez menos... mas e pergunto eu novamente: «Não são vocês que andam a fechar tudo isso?»
Depois mais um episódio caricato. Almeida Santos, solidário com o seu colega de partido, tentou defendê-lo e dizer que apesar de as palavras de Mário Lino poderem conter algum exagero, a margem sul tem um grande defeito em relação à margem norte. E neste momento quase que imagino a coitada da margem sul pôr as mãos à cabeça e dizer para si mesma: «Oh meu Deus, que mais vem aí agora?». E não é que esse "vulto" da política portuguesa que é Almeida Santos (chamo-lhe "vulto", porque a passagem e persistência desse senhor na vida política portuguesa é tão negra que pior é impossível) vem dizer que esse tal defeito da margem sul se deve ao facto de se um qualquer grupo terrorista, sejam eles a Al-Qaeda ou os Super Dragões, dinamitarem uma ponte Portugal fica isolado e irremediavelmente parado? Que eu saiba na altura das cheias Reguengo do Alviela fica sempre isolado e Portugal não pára. Mas voltando atrás como se a idéia da ponte dinamitada não fosse já um absurdo, (a não ser que tal seja levado avante pelos Super Dragões) qu sentido faz e pegando novamente nas declarações de Mário Lino, separar a margem norte da margem sul, margem esta que é um deserto? Sinceramente não vejo muito interesse em separar o tudo do nada, até porque apesar de hoje em dia ser fácil fazer umas bombitas, custa sempre algum "pilim". Mas finalizando, parabéns Almeida Santos, tu estás lá e enfim, obrigado pela idéia, provavelmente um dia se a margem sul tiver gente, hospitais, escolas e essas coisas todas, alguém se vai lembrar de dinamitar uma ponte. Até porque não faz muito sentido rebentar com algo se não houver muita gente por perto.
Finalizando com a melhor da semana e esta aconteceu-me a mim, na minha busca incessante para ter um bilhete para o Jamor houve alguém que me vendia um bilhete a €20 e ainda com a contrapartida de eu lhe pagar uma sapateira e umas imperiais. Desisti da idéia quando soube que o homem era um velhote, ou seja já está bem treinado e quando pensei que ele a beber imperiais pode ser como alguns amigos meus. E não, não vou individualizar.
O que posso dizer é que domingo lá estarei no Jamor... e sem pagar sapateiras a ninguém!